Campo Grande (MS) – A Polícia Militar Ambiental realizou entre os dias 2 e 8 de abril, a Operação fronteira, que teve como principal objetivo à prevenção e repressão à pesca predatória. A ação foi deflagrada, depois de um levantamento realizado que apontou publicações nas redes sociais de fotos de pescadores com peixes que estariam morrendo pelo fenômeno da decoada, e que estavam sendo capturados indiscriminadamente na fronteira com o Paraguai.

Depois de reunião com os comandantes das 26 subunidades na Capital para planejamento da operação, o comando da PMA decidiu deflagrar a operação que contou com 270 policiais, que seria desenvolvida na região de fronteira. A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) colocou um helicóptero à disposição da operação. Os comandantes das unidades da Polícia Militar Ambiental também intensificaram a fiscalização em suas respectivas áreas. Outros crimes e infrações  contra a flora e fauna, transporte de produtos perigosos e poluição também foram alvos de fiscalização.

Nestes sete dias de operação 27 pessoas foram autuadas por crimes e infrações ambientais, dessas 23 ocorrências relativas à pesca. Ao todo foram presas 18 pessoas por pesca predatória e cinco autuados por pescar sem a licença ambiental, o que não é crime, mas é infração administrativa. Cerca de 105 quilos de pescado apreendidos, número considerado baixo de pela PMA, em relação à quantidade de pessoas autuadas. As multas aplicadas nessa operação totalizaram R$ 70.993,00.Já quanto aos petrechos de pesca proibidos as apreensões de redes chegaram a 33, que mediram mais de 2 quilômetros. Ainda durante a operação  houve a fuga de pescadores que fugiram em território paraguaio e haviam armado 600 metros de redes de pesca, além de boias no rio Apa. Também foram encontrados espinheis, boias e 268 anzóis de galho retirados do rio.

De acordo com a PMA, este tipo de fiscalização para apreensão e retirada desses petrechos é fundamental, pois os petrechos considerados irregulares  que ficam nos rios impedem a degradação dos cardumes. “Por isso, a polícia tem realizado fiscalizações rotineiras, visto que é muito difícil a prisão dos elementos que se utilizam desses materiais, em virtude do pouco tempo que levam para armar e conferir os peixes capturados pelas redes, ficando pouco tempo expostos. Mais difícil ainda porque armam normalmente à noite”, pontuou.

Em ocorrências adversas à pesca, foram três pessoas autuadas por desmatamento e uma pessoa autuada por extração ilegal de aterro.

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