Clube aplica metodologia para as categorias de base
Um dos clubes brasileiros mais vitoriosos nas categorias de base, o Palmeiras tem uma estratégia integrada entre time profissional e as Crias da Academia. Para preparar os jovens ao time de cima, o clube busca que os atletas desempenhem, no mínimo, três funções no campo.
Com este método, João Paulo Sampaio — atual coordenador da base alviverde — ajudou na revelação de grandes jogadores como Hulk, do Atlético-MG, e David Luiz, do Flamengo. Ambos surgiram no Vitória.
“Têm que jogar no mínimo em três funções e em vários sistemas. Isso aqui é uma escola. Então, você não vai para só estudar uma matéria, isso você deixa para quando for para faculdade. A gente tem exemplos como o Hulk, que aos 18 anos era lateral esquerdo. Tivemos que mudar a posição dele no Vitória. Se a gente não enxerga isso no David Luiz… A mesma coisa, era meio-campista e foi para zagueiro”, disse o profissional, à Itatiaia.
Desde a “revolução” feita na base palmeirense — iniciada pela gestão de Paulo Nobre e continuada por Maurício Galiotte e Leila Pereira — há intensa observação e captação de talentos ao redor do Brasil, e ele são testados em diversas funções quando chegam ao Verdão. O líder do trabalho de base no Verdão é o próprio JP Sampaio.
Exemplos de sucesso
Alguns exemplos estão atualmente no time profissional e outros acabaram negociados. Gabriel Menino se acostumou a trabalhar de “camisa 10″ e foi testado como primeiro e segundo volante na base. Patrick de Paula, hoje no Criciúma, passou pelo mesmo processo. O lateral Vanderlan já atuou como ponta, zagueiro e ala.
Estratégia campeã
Esta é uma metodologia aplicada antes mesmo da chegada do técnico Abel Ferreira. Contudo, como a polivalência é uma das exigências da comissão, o treinador aproveitou da estrutura palmeirense, que já estava pronta.
“Esse método já existia. Abel só chegou e aproveitou. Patrick de Paula Patrick de Paula jogou de lateral-esquedo, zagueiro. A gente faz isso como um processo obrigatório. Todos os jogadores treinam e jogam em três posições. Então não é não é uma questão só da comissão. É importante para o Abel ter jogadores polivalentes. É mais parecido o sistema de jogo. Vanderlan já jogou de 11, 6. Quanto mais enriquecemos o atleta, melhor para o futuro dele”, concluiu João Paulo.(CNN Brasil).