Deputado do Republicanos é tido como próximo presidente da Câmara
“Presidente, com o orgulho de representar nesta Casa o povo do meu estado, a Paraíba, convicto ainda mais da necessidade de uma união nacional depois deste processo, para que o Brasil retome o seu crescimento e o seu desenvolvimento, eu voto “sim”!”.
Foi assim que, no dia 17 de abril de 2016, o deputado Hugo Motta, à época no seu segundo mandato, votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT).
Motta amanhece nesta quarta-feira (4) como o favorito nos bastidores para ser o presidente da Câmara no próximo biênio, após uma reviravolta na noite de terça-feira (3), com a desistência de Marcos Pereira (Republicanos-SP).
O trecho do discurso consta no site da Câmara, assim como o relatório da CPI da Petrobras de 2015, que também foi presidida por Motta.
O documento foi criticado na época por não trazer fatos novos para a Lava Jato. Não citou, por exemplo, a lista dos 50 investigados pela Lava Jato, que foi publicada quando a CPI já havia começado. Ao final, Motta pediu o indiciamento dos executivos da estatal suspeitos de corrupção e do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Netto.
Dilma caiu e Motta aderiu por completo ao governo Michel Temer. Votou, por exemplo, a favor da PEC do Teto dos Gastos, uma das principais medidas econômicas de Temer, e da reforma trabalhista de 2017. Ambas muito criticadas até hoje por petistas.
Também votou contra o pedido de abertura de investigação por corrupção de Temer. No governo Bolsonaro, votou a favor de propostas-símbolo como a privatização dos Correios e presidiu a Comissão para Privatização da Eletrobras.
Com a derrota de Bolsonaro, seguiu a linha do partido e se declarou “independente” do governo Lula. Mas fez críticas ao que considerou um julgamento “político” do TSE ao condenar Bolsonaro a inelegibilidade.
Clã
Motta integra um dos clãs mais longevos da Paraíba, exibido com detalhe no seu site.
Lá, está registrado que “o avô paterno de Hugo Motta, Nabor Wanderley, foi prefeito da cidade de Patos do ano 1956 à 1959”, que “o pai, Nabor Wanderley da Nóbrega Filho, foi prefeito do mesmo município por dois mandatos consecutivos, de 2005 a 2012”, que “seu avô materno foi deputado estadual cinco vezes e duas vezes deputado federal” e que “sua avó materna, Francisca Motta, foi deputada estadual por cinco mandatos, e é a atual prefeita da cidade de Patos”.(CNN Brasil).