Vítima sofreu afundamento de crânio em razão da violência das agressões. Caso ocorreu neste sábado, no bairro Lagoa Dourada, em Campo Grande.
Por Maressa Mendonça, g1 MS
Uma mulher de 36 anos foi agredida por cerca de 17 horas seguidas pelo companheiro e sofreu afundamento do crânio em razão da violência. As agressões ocorreram entre 3h e às 20h, deste sábado (26), na casa onde moravam no bairro Lagoa Dourada, em Campo Grande. A vítima foi salva e o suspeito preso graças a ligações insistentes dos vizinhos à polícia. Eles escutaram o espancamento e os pedidos de socorro.
Segundo o registro da Polícia Civil, por volta de 3h, uma vizinha viu o homem, de 28 anos, arrastando a mulher pelos cabelos e a agredindo com socos e chutes até chegar a casa onde moravam. Ela acionou a Polícia Militar, mas disse não ter tido resposta.
A vizinha relatou que continuou ouvindo gritos de socorro por diversas horas e que repetiu a ligação para o 190 da PM, mas não obteve resposta. Sem saber mais o que fazer, por volta das 20h ligou para a Delegacia Especializada em ocorrências de Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros, o Garras.
Investigadores do Garras foram ao local e quando chegaram encontraram vários vizinhos na rua. Eles informaram que não estavam mais ouvindo gritos de socorro. Os policiais bateram na porta, mas como não tiveram resposta entraram na casa.
A vítima estava desacordada na cama e o agressor descontrolado. Ele foi algemado e a mulher levada para a unidade de Pronto Atendimento (UPA ) do bairro Tiradentes, em estado grave. Após passar por uma série de exames, como tomografia e raio-x foi constatado o afundamento de crânio.
Em razão da gravidade dos ferimentos a mulher seria transferida para a Santa Casa de Campo Grande. Familiares disseram que ela convivia com o suspeito há três meses e que no dia 6 de março havia registrado um boletim de ocorrência contra o suspeito da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM).
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar para ter detalhes sobre a reclamação da demora no atendimento, mas até a mais recente atualização da matéria não obteve retorno.
O caso será investigado pela DEAM. O suspeito deve responder por sequestro e carcere privado, lesão corporal contra mulher.