O gerente de vendas Diego Guerreiro fez uma aposta com 108 bilhetes em um bolão da Mega-Sena com colegas de trabalho Foto: Nilton Fukuda/Estadão

-Para São Paulo o prêmio principal da extração regular não sai desde novembro-

SÃO PAULO – Filas se acumularam por lotéricas de municípios de todo o País no sábado, mas ainda não foi dessa vez. Pelo 13.º sorteio seguido, nenhum apostador acertou os seis dígitos do prêmio principal da Mega-Sena. Dessa forma, a loteria chegou ao maior número de sorteios acumulados da história.

Sem um vencedor há 47 dias, a premiação acumula R$ 170 milhões para a edição desta quarta-feira. O valor é o mais alto do ano e o terceiro maior da história do sorteio regular (o que não inclui a Mega da Virada), de acordo com a Caixa Econômica Federal. Com a alta quantia, também tem crescido a arrecadação. Somente no último sorteio, ela foi de R$ 193,2 milhões (só abaixo da Mega da Virada, que foi de R$ 886 milhões no ano passado).

O último vencedor foi de Salvador, em 20 de março, com prêmio de R$ 50,6 milhões. No Estado de São Paulo, um apostador não acerta as seis dezenas do sorteio regular desde novembro, quando uma aposta de Indaiatuba levou R$ 69,1 milhões. 

Os números de todos os sorteios mostram ainda que 2019 tem sido até agora o ano mais difícil de se obter o prêmio máximo. Neste ano, a bolada tem saído uma vez a cada pelo menos nove sorteios (foram 4 ganhadores em 38 rodadas).

A aposta mínima, de seis números, custa R$ 3,50 e pode ser feita em lotéricas e no site oficial Loterias Online da Caixa. Nesse caso, a probabilidade de acertar as dezenas sorteadas é de uma a cada 50.063.860 casos, segundo a Caixa. As apostas para sete números custam a partir de R$ 24,50, enquanto o valor mínimo do bolão é de R$ 10, com cota de pelo menos R$ 4 para cada participante.

Caso seja sorteado, o vencedor poderá sacar o prêmio em agências da Caixa e em lotéricas (se o valor for de até R$ 1.332,78). Os prêmios prescrevem após 90 dias do sorteio e, nesse caso, são repassados para o Tesouro Nacional.

Probabilidade de sorteio não varia

1. Vale a pena apostar em mais de seis dezenas?

A chance de ser sorteado se torna maior conforme maior é a aposta, contudo o valor investido também aumenta. Uma aposta com o dobro de dígitos (12), por exemplo, custa R$ 3.234, com chance de sorteio de um a cada 54.182 casos. 

2. É melhor fazer aposta individual ou aderir aos bolões?

Com o mesmo valor gasto em apostas individuais, é possível concorrer mais vezes por meio de bolões. É importante, contudo, prestar atenção na quantidade de participantes para que o valor do prêmio se torne ainda atraente (o que fica mais evidente no caso da quadra e da quina, que têm premiações mais baixas).

3. Devo apostar sempre nos mesmos números ou alternar? Uma dezena que saiu várias vezes tem mais ou menos chance de ser sorteada?

Segundo o matemático Luiz Barco, a probabilidade de um número ser sorteado não tem variação. “O pessoal mistura aritmética com crendice. Todos os números têm chance igual de sair”, diz ele, que é professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP).

4. É comum números serem sorteados em sequência ou vários pertencerem à mesma dezena?

As chances de saírem números seguidos são as mesmas de isso não ocorrer. Como são 60 dígitos disponíveis para apostar, isso ocorre com certa frequência. Á última edição, por exemplo, sorteou 08, 15, 32, 33, 58 e 59, ou seja, havia duas sequências. Na anterior foi, por sua vez, 17, 19, 37, 41, 42 e 49. Em junho do ano passado, a situação foi ainda mais inusitada: os sorteados foram 50, 51, 56, 57, 58 e 59, o que rendeu um prêmio de R$ 9,6 milhões para quatro apostadores.

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