-Ataque resultou na morte de 10 pessoas na última quarta-feira (13). Voluntários distribuem flores, abraços e mensagens de apoio a funcionários e estudantes-

Uma semana após o massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, alunos de outras escolas e até outras cidades continuam a prestar homenagens às vítimas. Alguns levam cartazes com mensagens de apoio, outros cantam ou distribuem flores e abraços.

O colégio foi reaberto nesta segunda-feira (18). Ao longo da semana, funcionários, estudantes e seus familiares têm sido recebidos com atendimentos especializados, rodas de conversa e atividades esportivas e artísticas.

Nesta quarta (20), as ações de acolhimento continuaram com um ato ecumênico, organizado pela Secretaria Estadual da Educação. A cerimônia ocorreu nesta manhã na quadra da escola e reuniu representantes de pelo menos cinco religiões. Também participaram o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares da Silva, e o prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi.

Logo após ato ecumênico, por volta das 11h20, professores, servidores, estudantes, familiares e voluntários fizeram um abraço coletivo em torno do prédio e deram uma salva de palmas. Os muros estão repletos de mensagens e flores.

Uma semana após massacre, Escola Raul Brasil recebe homenagens em Suzano

Uma semana após massacre, Escola Raul Brasil recebe homenagens em Suzano

Ato ecumênico reúne representantes de pelo menos cinco religiões uma semana após o massacre na Escola Estadual Raul Brasil — Foto: Maiara Barbosa/G1

Ato ecumênico reúne representantes de pelo menos cinco religiões uma semana após o massacre na Escola Estadual Raul Brasil — Foto: Maiara Barbosa/G1

Empresária Hérica Suzart percorreu mais de 50 quilômetros nesta manhã para distribuir abraços e flores na escola Raul Brasil uma semana após massacre em Suzano — Foto: Maiara Barbosa/G1

Empresária Hérica Suzart percorreu mais de 50 quilômetros nesta manhã para distribuir abraços e flores na escola Raul Brasil uma semana após massacre em Suzano — Foto: Maiara Barbosa/G1

Solidariedade

A empresária Hérica Suzart percorreu mais de 50 quilômetros nesta manhã para distribuir abraços e flores. Ela levou 300 botões de rosas.

“Vim para prestar solidariedade e para dar um abraço, passar que ainda existe esperança. Já era para eu ter vindo antes, porque distância não é problema.”

Gabriel Souza (de óculos) conseguiu fugir de massacre na Escola Raul Brasil em Suzano — Foto: Maiara Barbosa/G1

Gabriel Souza (de óculos) conseguiu fugir de massacre na Escola Raul Brasil em Suzano — Foto: Maiara Barbosa/G1

Estudantes cantam e fazem homenagem na Escola Raul Brasil em Suzano — Foto: Maiara Barbosa/G1

Estudantes cantam e fazem homenagem na Escola Raul Brasil em Suzano — Foto: Maiara Barbosa/G1

Um grupo de Poá, com 30 alunos, chegou cedo à Raul Brasil. A estudante Maria Alice Costa Santos, de 15 anos, cantou louvores na rua. Ela não conhecia as vítimas.

“Nós somos todos irmãos. Nós sentimos a dor do outro. É muito forte para nós, porque nós viemos aqui em solidariedade, sentir a presença de todos que estavam aqui”, diz Maria.

Para a jovem, as vítimas do massacre tinham a missão de ensinar quem fica. “Eles nos deram uma lição, que é aproveitar o hoje com quem a gente ama. Deixar o orgulho de lado, as mágoas de lado, para nós sentirmos o amor que é estar um com outro”, diz entre lágrimas.

Alunos de colégio particular fizeram um mural com bilhetes para alunos da Escola Raul Brasil em Suzano — Foto: Maiara Barbosa/G1

Alunos de colégio particular fizeram um mural com bilhetes para alunos da Escola Raul Brasil em Suzano — Foto: Maiara Barbosa/G1

Jatyxaiane da Silva, de 17 anos, veio de Poá com mais 30 estudantes para participar do ato na Escola Raul Brasil em Suzano — Foto: Maiara Barbosa/G1

Jatyxaiane da Silva, de 17 anos, veio de Poá com mais 30 estudantes para participar do ato na Escola Raul Brasil em Suzano — Foto: Maiara Barbosa/G1

Jatyxaiane da Silva, de 17 anos, também é de Poá e conhecia um dos mortos no massacre, Douglas Murilo Celestino de 16 anos. O estudante conseguiu sair da escola durante o massacre, mas voltou para ajudar a namorada, Adna Bezerra, também de 16 anos. Ela continua internada no Hospital das Clínicas.

“É bem pesado, você fica abatido. Queria conversar com eles pra saber se estavam bem. A gente se coloca no lugar do outro. Por isso, nos organizamos de vir aqui hoje e fazer mais essa homenagem para eles.”

Onze pessoas ficaram feridos e precisaram ser hospitalizadas depois o massacre. Dessas, três seguem internadas em hospitais de Mogi das Cruzes e São Paulo.

Ataque à escola em Suzano completa uma semana e polícia procura mais envolvidos no crimeBom Dia Brasil–:–/–:–

Ataque à escola em Suzano completa uma semana e polícia procura mais envolvidos no crime

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O ataque

Os assassinos de 17 e 25 anos mataram sete pessoas na Escola Estadual Raul Brasil, na quarta-feira (13). Um deles baleou e matou o próprio tio, em uma loja de automóveis.

A investigação aponta que, depois do ataque na escola, um dos assassinos matou o comparsa e, em seguida, se suicidou.

polícia e o Ministério Público tentam identificar se mais pessoas estão envolvidas no massacre de Suzano. Na terça, um adolescente de 17 anos foi apreendido por suspeita de ter ajudado a planejar o ataque.

(EXTRAÍDO DO G1)

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