Dia Internacional da Mulher: Por mais mulheres na política

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Campo Grande (MS) – O dia 8 de Março, convida-nos a uma reflexão sobre as mulheres e o mundo da política. Muitas conquistas foram obtidas pelas mulheres ao longo dos anos, dentre elas o direito ao voto e a maior participação na sociedade. No entanto, quando se trata da representatividade na política, esse debate ainda se encontra muito distante do desejado.

Infelizmente muitas mulheres ainda têm dificuldades de ocupar cargos de poder, serem eleitas ou terem voz ativa nas tomadas de decisões políticas. Embora existam cotas eleitorais (lei que assegura uma porcentagem mínima de 30% e máxima de 70% a participação de determinado gênero em qualquer processo eleitoral vigente) esse mecanismo pouco tem contribuído para melhorar a atuação e a chegada das mulheres aos cargos do governo.

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as mulheres são 52,5 % do eleitorado do País, e na eleição passada representaram 32% das inscrições para concorrer a um cargo eletivo. Apesar dos números poucas se lançam nas disputas eleitorais, o que ainda representa um desafio de toda a sociedade incentivar o protagonismo de mais mulheres na vida pública.

Segunda suplente que assumiu vaga como deputada federal, Bia Cavassa, de Corumbá.

Segundo Beatriz Cavassa, única candidata mulher do município de Corumbá a uma vaga ao Congresso, município que tem uma população de aproximadamente 104 mil pessoas conforme o último censo do IBGE (2010), ainda a muito que se fazer para ter mais participação das mulheres. “A candidata mulher encontra na sua trajetória uma série de dificuldades, desde o apoio dos homens líderes de partidos ao apoio das próprias mulheres. Por isso eu acredito que nosso papel é conscientizar as mulheres sobre a importância da nossa representatividade, da nossa união, explicar o que de fato é a política, da sua importância nas nossas vidas. Enfim, encorajar e fazer com que as mulheres ocupam o seu lugar no meio público”, afirma.

O Governo do Estado, por meio da Subsecretaria Estadual de Políticas Públicas para Mulheres (SPPM/MS), ao longo do ano de 2018 realizou campanhas, seminários e capacitações com o tema: “O Protagonismo das Mulheres Sul-Mato-Grossenses, com + Direitos, + Participação e + Poder”, com o objetivo de levar o conhecimento necessário às mulheres, para que elas possam exercer seus direitos e reafirmar a importância de cada uma na sociedade, no que tange política, empreendedorismo e desenvolvimento de seus bairros e cidades.

“Desenvolvemos políticas públicas pautadas no fim da violência contra a mulher, na igualdade de gênero e na representatividade política. Ainda temos que desconstruir o pensamento de que “mulher não serve para política” ou a de que elas “não gostam de política”, para que assim de fato haja uma representação feminina equivalente ao papel que a mulher ocupa na sociedade”, ressalta a subsecretária de Estado da Cidadania, Luciana Azambuja.

De acordo com uma pesquisa realizada por Fernanda Brollo e Ugo Troiano (O que acontece quando uma mulher ganha um Eleição? Evidências das raças próximas no Brasil), quando uma mulher é eleita as chances de que haja corrupção em seu governo são bem menores se comparadas aos homens. Para isso, levaram em consideração disputas de cargos municipais, em que um homem e uma mulher concorriam a eleição para prefeito.

“Quebrar as barreiras do medo, enfrentar os desafios (internos) partidários e se inserir nos movimentos sociais e culturais das nossas comunidades são os primeiros passos para que possam surgir lideranças femininas”, finaliza a deputada federal.

Jaqueline Tente – Subsecretaria Especial da Cidaddania (Secid)

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