Acordo no Senado garante a indicação de Simone Tebet para o comando da CCJ

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Acordo costurado junto à nova Mesa Diretora do Senado deve resultar na indicação da senadora Simone Tebet (MDB) para a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), considerada a mais importante do parlamento.

A oficialização só deve ocorrer na semana que vem, porém, segundo o site O Antagonista, Simone já tem o aval do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e de senadores do MDB e do PSDB para assumir o posto e, inclusive, a presidência do colegiado.

Procurada pelo Campo Grande News, a senadora disse apenas, via assessoria, que a indicação cabe à liderança do partido. Nos bastidores, porém, a escolha de Simone para o posto é dada como certa diante da movimentação de outros partidos.

A escolha seria resultado do papel de Simone na eleição para a Mesa Diretora da Casa, concluída no último sábado (2) após longas discussões, com direito a tumulto e contestações sobre a votação fechada.

A senadora sul-mato-grossense foi considerada uma das artífices do movimento que culminou na eleição de Alcolumbre e na derrota do emedebista Renan Calheiros (AL) –que, em 31 de janeiro, venceu disputa interna no MDB por apenas dois votos para assumir a candidatura ao cargo.

Anti-Renan – Mesmo sem a indicação do MDB, Simone continuou a se movimentar contra a candidatura do correligionário, o qual considerou não ter condições de “pacificar” o Senado em meio a uma série de denúncias que lhe atingiram ao longo da trajetória política –recentemente, foi acusado de discutir indicações para o Governo Dilma com integrantes da J&F (controladora da JBS).

Simone fomentou uma frente “anti-Renan” que resultou em várias candidaturas de oposição que, depois, uniram-se em torno de Alcolumbre. Em meio à rejeição em plenário antes da votação, Renan acabou abandonando a disputa.

A parlamentar sul-mato-grossense ficou fora da composição da Mesa Diretora da Casa, porém, acabou contemplada com o comando da CCJ –comissão considerada chave no parlamento por ser responsável pela análise da constitucionalidade de todas as propostas que chegam ao Senado, isto é, autorizando ou não sua tramitação no Congresso.

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