Bolsonaro é diplomado presidente do Brasil pela Justiça Eleitoral e faz discurso emocionado

0

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) realizou nesta segunda-feira (10) a cerimônia de diplomação do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), e seu vice, o general Hamilton Mourão (PRTB). No evento, foram entregues os diplomas, documentos assinados pela presidente do TSE, ministra Rosa Weber, atestando o resultado das eleições. O ato permite que os eleitos tomem posse no cargo.

Durante a execução do Hino Nacional, Bolsonaro não

cantou, mas se emocionou. Ele enxugou as lágrimas ao receber de Rosa o diploma confirmando sua eleição.

Em seu discurso, Bolsonaro agradeceu o apoio da família e de aliados, disse que a eleição marcou o início de um “novo tempo” e firmou um compromisso “de amor à pátria e compromisso de um presente de paz e futuro mais próspero”.

“Quero agradecer a Deus por estar vivo, e também agradecer a Deus por essa missão à frente do Executivo. Tenho certeza que, ao lado dele, venceremos os obstáculos”. Presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL)

Em seguida, Rosa Weber também fez um pronunciamento em que referendou a soberania do voto popular que elegeu Bolsonaro e Mourão. A ministra, no entanto, gastou grande parte do tempo de seu discurso para fazer uma defesa da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que nesta segunda celebra 70 anos.

Durante a fala da presidente do TSE, Bolsonaro manteve a fisionomia séria e tapou a boca com a mão para falar no ouvido de Mourão, sentado ao seu lado direito.

A posse está programada para o dia 1º de janeiro, em cerimônia no Congresso Nacional.

Família, Deus e “confiança” de opositores

Além da ministra Rosa Weber, estiveram presentes na cerimônia os outros membros do TSE, o ministro Luiz Fux, como representante do STF (Supremo Tribunal Federal), Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara dos Deputados, Eunício Oliveira (MDB), presidente do Senado, Claudio Lamachia, presidente da OAB, e Raquel Dodge, procuradora-geral da República.

A entrada do presidente eleito e de Mourão desfez o clima protocolar no plenário do TSE, com aplausos efusivos e alguns gritos de “mito” da plateia. Dezenas de convidados filmaram a cena com seus celulares. A dupla foi a última a entrar no espaço, que fica no subsolo da sede do tribunal, em Brasília.

A futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro, a filha do casal, Laura, e três filhos do presidente eleito —o senador eleito Flávio (PSL-RJ), o deputado federal Eduardo (PSL-SP) e o vereador Carlos (PSC-RJ— se sentaram na primeira fileira do plenário. Durante a cerimônia, Michelle usou um smartphone para gravar o marido.

Presidente Jair Bolsonaro discursa em sua diplomação, no TSE.

Jair Bolsonaro agradeceu a Justiça Eleitoral por ter realizado, em outubro, eleições “livres e justas”. O presidente também fez menções a sua família, a Deus e a seus eleitores. Bolsonaro também pediu a “confiança” daqueles que não votaram nele e afirmou que irá governar “em benefício de todos, sem distinção de origem social, raça, sexo, cor, idade ou religião”.

O presidente eleito ainda repetiu bandeiras de sua época de campanha, afirmando que seu “dever” é transformar “anseios históricos” da população brasileira, como segurança pública, combate ao crime e respeito ao mérito, em realidade.

“Não mais à corrupção, não mais à violência, não mais às mentiras, não mais à manipulação ideológica” – Jair Bolsonaro.

“Vivenciamos um novo tempo. As eleições revelaram uma realidade distinta das práticas do passado. O poder popular não precisa mais de intermediação”, afirmou, mencionando que as novas tecnologias permitiram uma relação “direta” entre o eleitor e seus representantes. A campanha de Bolsonaro foi feita majoritariamente através das redes sociais.

O presidente eleito encerrou seu discurso dizendo que, em sua gestão, “vamos resgatar o orgulho de ser brasileiro” e também pelas cores da bandeira e do hino nacional. “O Brasil deve estar acima de tudo. Que Deus abençoe nosso país e os brasileiros.”

Ao final da cerimônia, Bolsonaro postou em suas redes sociais e voltou a falar em Deus em uma mensagem pelo Twitter.

Contas aprovadas e antecipação por cirurgia

Para receber o diploma, os eleitos precisavam estar com o registro de candidatura deferido e as contas de campanha julgadas, o que ocorreu na última terça-feira (4).

A chapa de Bolsonaro arrecadou mais de R$ 4,3 milhões e declarou gastos de R$ 2,4 milhões, segundo dados do TSE. A aprovação das contas foi feita “com ressalvas”, termo jurídico utilizado para marcar que foram identificadas irregularidades de pequena monta que, no conjunto, não comprometeram a regularidade das contas.

Pela lei, a diplomação deveria ocorrer até o dia 19 de dezembro, mas foi antecipada este ano para que Bolsonaro pudesse ser submetido a uma cirurgia no dia 12. A cirurgia foi posteriormente cancelada, por razões médicas.

Bolsonaro iria ser submetido a um procedimento para a retirada da bolsa de colostomia que vem sendo utilizada por ele desde que levou uma facada durante a campanha, em 6 de setembro.

 

Publicidade
Artigo anteriorNos pênaltis, Online/Compucell conquista o Campeonato de Suíço 2018 de Itaquiraí
Próximo artigoComercial pode acertar com um jovem treinador do futebol brasileiro que fixa residência em CG

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here