Presidente eleito disse que lógica com indicação segue a de “governar com pessoas de bem”; novo ministro diz que “missão dada é missão cumprida”
Em ato na presença de parlamentares e representantes de entidades da área da Saúde, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) confirmou a indicação do deputado federal sul-mato-grossense Luiz Henrique Mandetta (DEM) para o seu Ministério da Saúde. O anúncio, ventilado pela mídia nacional e que tinha sendo tratado por cautela pelo escolhido, ocorreu em meio a elogios e o reconhecimento a um colaborador de sua campanha à Presidência da República.
“Desde o começo o nosso propósito é governar com as pessoas de bem deste país. Assim, estamos fazendo a escolha dos respectivos ministros, e hoje não é diferente com o Mandetta aqui do lado”, discursou Bolsonaro, reforçando já conhecer o deputado federal “há algum tempo” de ter “trocado ideias” com Mandetta sobre a área da Saúde.
O parlamentar do DEM não disputou a reeleição neste ano, dando seu futuro na política como aberto a partir de janeiro de 2019. Quando questionado sobre a possível indicação para o ministério de Bolsonaro, afirmara ser prematuro, porém, sinalizou pontos que precisavam ser mudados no setor.
Mandetta também admitiu a repórter do site campo grande news, há cerca de uma semana, ter se reunido com Bolsonaro para dar detalhes sobre investigações acerca do Gisa –sistema de gestão e integração de ações na saúde, que foi contratado pela Prefeitura da Capital e resultou em devolução de recursos por sua não implementação, a qual o futuro ministro atribuiu a “perseguição política” e que mereceu elogios do presidente eleito, por ser a única apuração a qual Mandetta se sujeitou ao longo da vida pública, ainda não sendo réu no episódio.
Nesta terça-feira (20), Bolsonaro reiterou confiança no futuro assessor. “Todos nós sabemos do clamor da nossa população”, disse, referindo-se a temas como emprego, segurança e saúde. “Confio nesse não general, mas no marechal Mandetta que, se Deus quiser, assumirá no ano que vem com essa enorme missão. Damos satisfação a todos de que a saúde tem jeito com pessoas de bem e apoios dos mais variados”, destacou Bolsonaro, que é capitão da reserva do Exército.
Missão – Embora não seja militar, Mandetta já atuou nos hospitais militares do Rio de Janeiro e Campo Grande. Ortopedista com especialização nos EUA, também dirigiu a Unimed na Capital sul-mato-grossense, tornando-se deputado federal por dois mandatos depois de comandar a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) campo-grandense. Em discurso, ele saudou os dirigentes de entidades da Saúde brasileira presentes ao ato e respondeu a Bolsonaro. “Missão dada é missão cumprida”, afirmou o futuro ministro. “Estamos aqui como soldados para ver qual o melhor caminho para enfrentar a batalha e vencer a guerra pela frente”, prosseguiu, finalizando ainda com pedido de apoio a todos os presentes.
A reportagem não conseguiu falar com Mandetta após a indicação –o parlamentar segue na sede da equipe de transição presidencial, onde recebe os cumprimentos de aliados e políticos. Segundo a Globo News, o novo ministro já tem reunião marcada com o atual ocupante da pasta da Saúde no Governo Michel Temer, Gilberto Occhi. Em pauta estão estratégias para contornar a falta de profissionais de atendimento em saúde com a saída de Cuba do programa Mais Médicos –nesta terça, foi aberto edital com 8,5 mil vagas para brasileiros e estrangeiros. (Extraído do CGNews)