Começou nesta semana a primeira etapa da Operação Retomada, promovida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em parceria com a Polícia Militar Ambiental do Paraná, Guarda Municipal de Altônia e Secretaria Municipais de Meio Ambiente. A Operação Retomada tem como objetivo reprimir o uso ilegal do Parque Nacional de Ilha Grande, unidade de conservação federal gerenciada pelo ICMBio.
De acordo com a coordenação da operação, foram realizadas ações nas lagoas Xambrê e São João, na cidade de Altônia, na várzea continental além de ilhas localizadas em São Jorge do Patrocínio e Alto Paraíso.
Na oportunidade, foram destruídas embarcações e edificações utilizadas para a pesca predatória no interior do parque nacional. Dois homens foram multados pelo órgão ambiental federal na ocorrência. Também foram realizadas incursões em Icaraíma, na Área de Proteção Ambiental (APA) das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná, que protege o entorno do parque.
Casas de veranistas
A destruição de casas de veranistas teve início em 2014 e nos últimos 3 anos, foram demolidas mais de 270 casas erguidas irregularmente em áreas do Parque Nacional de Ilha Grande e na APA das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná. As demolições são realizadas em conjunto com o Instituto Ambiental do Paraná e com o Ministério Público Federal e só no parque foram contabilizadas mais de cem demolições.

Erick Caldas Xavier, chefe do Núcleo de Gestão Integrada ICMBio Rio Paraná, explica que as demolições são de construções utilizadas como casas de veraneio, não sendo habitadas como única moradia ou como meio de promover a pesca profissional. Para os órgãos ambientais, o resultado das operações mostra que não há impunidade para este tipo de crime ambiental na região e que o conjunto de ações está revertendo um antigo quadro de uso descontrolado das margens de rios e ilhas, inibindo novas invasões no Parque Nacional de Ilha Grande e também na APA das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná.
A equipe de fiscalização alerta que a destruição de embarcações abandonadas no interior das lagoas é um procedimento que passará a ser adotado quando não for possível identificar os seus responsáveis. (Notícia extraída do site obemdito.com.br)
