Corinthians não empolgou. E nem dá para dizer que jogou bem na vitória por 1 a 0 sobre a Chapecoense, na Arena Condá. Mas se você, caro leitor, é um torcedor do Flamengo em busca de informações sobre o adversário na próxima fase, fica o aviso: não espere ter vida fácil nas semifinais da Copa do Brasil.
Se por um lado a defesa alvinegra já não é tão sólida como em outros tempos, por outro sofreu apenas um gol em quatro jogos no torneio nacional – e é a quarta melhor do Brasileirão. O ataque pode não viver fase inspirada, mas ainda conta com nomes que decidem, como Jadson fez na última quarta-feira.
E há um aspecto fundamental, que vai além da técnica e da tática: este Corinthians é acostumado a (vencer) decisões. E isso tem peso num clássico nacional como o da semifinal da Copa do Brasil.
Mas se você, caro leitor, é torcedor corintiano, é melhor também conter a euforia. Se quiser chegar à final, o Timão terá de apresentar muito mais do que mostrou em Chapecó e nos último jogos.
A partida na Arena Condá teve a bola parada em 45 minutos dos 97 minutos e deu sono em vários momentos.
Com dificuldades para criar, a Chape chegou ao gol de Cássio apenas nas muitas faltas laterais cometidas pelo Timão na intermediária.
Do outro lado, o goleiro Jandrei também teve o trabalho facilitado. A equipe sofreu para reter a bola e trocou apenas 223 passes certos. Houve momentos do primeiro tempo em que a posse de bola do time da casa beirou os 70%. Aos poucos o Corinthians foi equilibrando este número, sobretudo no segundo tempo, mas sem conseguir converter isso em chances de gol.
Com Sheik (apagado) no lugar de Pedrinho, que sentiu dores no aquecimento, Romero passou todo o jogo aberto pelo lado direito com mais preocupações defensivas do que ofensivas. Clayson até arriscou um drible ou outro, mas não conseguiu brilhar. Faltou profundidade ao Corinthians, que teve suas melhores chances em chutes de longe, com Jadson, Douglas e Clayson.
O Corinthians de Osmar Loss ainda oscila muito, mas mostrou competitividade em seu momento de maior pressão e conseguiu voltar ao grupo dos quatro melhores da Copa do Brasil após nove anos. Não pode ser menosprezado.