Finalmente acabou a “novela” dentro do MDB. O deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Junior Mochi, afirmou na tarde de terça-feira (14) que aceita a indicação porque ela partiu do ex-governador André Puccinelli – que, mesmo preso, segue como liderança maior da legenda. A declaração de Mochi foi em som bem baixinho. Mesmo usando microfone, durante entrevista na sede do Diretório Regional do partido, em Campo Grande. O vice de Mochi continua sendo um imbróglio e deverá ser confirmado às 14h desta quarta (15), antes do registro da chapa.
A prisão de Puccinelli como resultado de desdobramentos da operação Lama Asfáltica, deixou as demais lideranças do MDB perdidas, com os afiliados sentindo-se à deriva. Foi ai que entrou a figura da senadora Simone Tebet (MDB) que tocada pela emoção aceitou o pedido de André para concorrer. No domingo (12), ao repensar o compromisso a Senadora atendendo ao pedido, principalmente do esposo, o deputado estadual Eduardo Rocha (conforme informações extraoficiais), ela anunciou a desistência.
A decisão de Mochi aconteceu diante a uma sucessão de fatos após a prisão de Puccinelli e aos concorrentes ao governo. “Agora, vamos enfrentar esse desafio. Talvez esta seja a decisão política mais importante tomada em toda minha vida”, observando que “eleição tem de ter coração e pé no chão”.
Sobre a senadora, Mochi justificou que a desistência estaria relacionada ao fato de a candidatura ser “provisória”, pois, havia expectativa de que Puccinelli seria liberado e assumiria a candidatura na segunda-feira (13). Porém, o pedido de reconsideração de seu habeas corpus foi rejeitado pelo desembargador federal Paulo Fontes, do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região). O novo candidato do MDB ao governo finalizou dizendo que o grupo de aliados continua sendo o mesmo: PR, PHS, PRP, PTC e PRTB que, aliás, em meio às incertezas sobre a candidatura emedebista, ensaiaram lançar um candidato próprio.